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sexta-feira, setembro 22

Quando era criança, tive uma amiga imaginária. Brincávamos muito e era tudo bem divertido. Era ótima a parte em que tomávamos uísque em um belo jardim de arbustos verdes e flores rasteiras brancas. Tínhamos fascinação por uísque, era chique.
Aline, esse era o nome dela, era muito vivaz e tinha a pele bem clara com bochechas rosadas. Eu morria de inveja daqueles cabelos escorridos e bem acentuados, os meus eram rebeldes, voavam com o vento, o dela não, estavam sempre aprumados.
Ela adorava margaridas, eu as tulipas, tinha medo de avião e eu de chuva. Não entendia por que não comia doce de amendoim, hoje entendo, Aline não gostava.
Quando eu ficava triste ou mesmo chorava, ela sentava no chão abraçava as pernas e me olhava por cima do joelho, ficava ali me fitando esperando apenas que tudo voltasse a ser como era.
O tempo foi passando, arrumei outros amigos e ela não vinha mais com tanta freqüência, e quando vinha me via feliz com os outros e com um sorriso partia novamente. Acho que ela tinha outras coisas mais divertidas para fazer, festas no jardim e longos telefonemas para os nossos namorados já não tinha mais sentido.
Fico me perguntando onde ela está e o que tem feito? Deve ter se casado, esse era o sonho dela, não foi para o Japão como queria por causa do medo de avião, acho até que teve gêmeos. Deve morar em uma casa azul com margaridas brancas por todos os lados, no fim da tarde vai regá-las usando seu chapéu amarelo.
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